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“Luz verde” da Agência Europeia de Medicamentos para Vacina da Moderna

  • Foto do escritor: Inês Delgado
    Inês Delgado
  • 18 de jan. de 2021
  • 3 min de leitura
Fotografia: Reuters

A agência Europeia do medicamento (EMA) aprovou, na quarta-feira, dia 6 de janeiro, a utilização da vacina da farmacêutica norte-americana Moderna no combate contra a Covid-19.

Esta é a segunda vacina aprovada na União Europeia, a primeira foi a da Pfizer-BioNTech, no final de dezembro.


Ensaios clínicos efetuados demonstraram que a vacina, desenvolvida pela norte-americana Moderna, contra a Covid-19 foi eficaz na prevenção do vírus em pessoas com mais de 18 anos. O ensaio mostrou, ainda, uma redução de 94,1% no número de casos sintomáticos da doença, o comunicado de aprovação da EMA comprova, desse modo, a eficácia de 94,1% da vacina.


A Diretor-Executivo da Agência Europeia do Medicamento, Emer Cooke, afirmou “Esta vacina fornece-nos outro instrumento para superar a emergência atual”. A segunda vacina vem ajudar numa altura particularmente difícil de combate do vírus, como explicou a Ministra da Saúde, Marta Temido, quando alertou para a “grande pressão” em que se encontra o SNS.


A responsável pela EMA, Emer Crooke, adiantou ainda que "É uma prova dos esforços e empenho de todos os envolvidos termos esta segunda recomendação positiva de vacina, apenas um ano desde que a pandemia foi declarada pela OMS”.


A vacina da Moderna é a segunda a ser aprovada na União Europeia depois da EMA ter dado “luz verde” à vacina da Pfizer-BioNTech, a 21 de dezembro, para “uso de emergência”, tendo a vacinação arrancado na maioria dos países a 27 de dezembro.


Assim como as restantes vacinas, a da Moderna pode apresentar efeitos secundários como dor e inchaço no local da injeção, cansaço, arrepios, febre, gânglios linfáticos inchados ou sensíveis debaixo do braço, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas e vómitos.


A segurança e eficácia da vacina continuará a ser monitorizada consoante a sua utilização em toda a EU, declara a EMA no comunicado.


Em relação à vacina já autorizada, da Pfizer, a da Moderna apresenta a vantagem de poder ser transportada e armazenada por seis meses a 20ºC negativos, temperatura que se enquadra na maioria dos congeladores domésticos ou médicos, não exigindo os 70-80ºC negativos da vacina da Pfizer-BioNTech. A vacina resiste, ainda, a até 30 dias em condições normais de refrigeração após o descongelamento.


Para o primeiro trimestre de 2021 foram fornecidas 160 milhões de doses. Portugal terá direito a 227 060 doses desta vacina. Francisco Ramos, coordenador da task-force, afirmou à Lusa que “as primeiras 8000 doses chegarão na semana de 11 de janeiro, e outras 11 mil na de 25 de janeiro”.


A Moderna disse ter como objetivo fornecer 600 milhões a 1000 milhões de doses da vacina até ao fim de 2021. No entanto, o foco principal é o mercado norte-americano, que já recebeu 18 milhões de doses, segundo Stepháne Bancel, o administrador da empresa.

A União Europeia não comprou uma grande quantidade de vacinas à Moderna, sendo os 160 milhões de doses representação do contrato mais pequeno que fez com empresas de biotecnologia e farmacêuticas. A vacina da Moderna é, no entanto, mais cara que a da BioNTech-Pfizer.


Ambas as vacinas usam uma nova tecnologia – do ARN-mensageiro (ARNm). A função do ARNm é “copiar” as instruções do código de ADN, que se encontram no núcleo das células, para outras estruturas celulares – ribossomas – onde são produzidas proteínas. É, depois, produzida uma proteína que o coronavírus tem à superfície e lhe dá a característica de “bola de espinhos” (denominada spike). Assim, o sistema imunitário é treinado a reconhecer o vírus em caso de infeção, não sendo necessário injetar no organismo nenhuma parte do vírus.


Portugal já recebeu mais de 140 mil doses da vacina da Pfizer-BioNTech, chega a 11 de janeiro, aos 27 países da União Europeia, a vacina da Moderna, cujo o uso está estipulado para duas tomas, separadas por 28 dias.







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