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Morreu Sean Connery, o eterno James Bond

  • Foto do escritor: Inês Delgado
    Inês Delgado
  • 1 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Sean Connery como James Bond. Frame do filme "007 - Dr. No"

O ator escocês, que foi sete vezes o 007 do Cinema, faleceu este sábado aos 90 anos.


“A nossa nação está hoje de luto por um dos seus amados filhos”, escreveu a primeira-ministra escocesa, Nicola Sturgeon, no Twitter. Sean Connery, o eterno James Bond e símbolo da Revolução Sexual do Cinema dos anos 60, morreu este sábado, aos 90 anos.


Nascido em Edimburgo em 1930, Connery, a origem de um dos mais famosos heróis de todos os tempos, teve uma carreira de 45 anos repleta de sucessos de bilheteira. Ganhou o Óscar de Melhor Ator Secundário em 1988, pelo seu desempenho em “The Untouchables”, foi considerado o “Homem do Século” pela People Magazine, mas é entre as condecorações e as controvérsias que a vida do ator se desenrolou.


Para várias gerações Connery foi o “modelo a seguir”, o símbolo masculino da moda que parecia não se interessar muito por isso. O ar desinteressado característico da personagem de Bond alienaram-se à perspetiva que o público criou acerca do ator. Perceção que não se encontrava muito longe da realidade uma vez que, é público, o ator desgostava genuinamente de desempenhar o papel de 007. Ainda assim, a independência financeira que a saga lhe deu lançaram-no definitivamente para uma década de outros papéis com a missão de provar que era "mais do que Bond" e um ícone da masculinidade.


Ator de inúmeros filmes icónicos, ao longo dos anos 60 e 70, como “Murder on the Orient Express,” “The Wind and the Lion,” “The Man Who Would Be King,” “The Great Train Robbery”, Connery continuava a ser uma das estrelas mais bem pagas de Hollywood. Depois do Óscar, no final dos anos 80, participou em “Indiana Jones”, “The Hunt for Red October”, “Entrapment”, “Fibding Forrester”. Em 2003, “cansado de lidar com “idiotas””, retirou-se do Cinema e, há três anos, mudou-se para uma mansão nas Bahamas, onde levava uma vida recatada.


Nas controvérsias que se tornaram públicas, o escocês arrecadou a reputação de homem que não tolerava grandes brincadeiras, sem grandes problemas em resolver assuntos com os punhos. Envolto em polémicas, nomeadamente por ter afirmado, numa entrevista à Playboy, que bater em mulheres “não é assim tão mau” e “depende das circunstâncias”, talvez a melhor jogada de Connery foi recatar-se durante os seus últimos anos. Que mais havia para acrescentar à, já, lenda-viva?


Várias figuras das artes têm deixado homenagens públicas nas redes sociais. Daniel Craig, o James Bond atual, lamentou a perda de “um dos grandes do cinema”, que “definiu uma era e ume estilo” e “ajudou a criar o blockbuster moderno”. Stephen King homenageou o homem e ator, bem como Michael G. Wilson e Barbara Broccoli, produtores da saga James Bond, “Foi e será sempre lembrado como o James Bond original”.

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