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Nova Zelândia elege pela primeira vez uma mulher maori como Ministra dos Negócios Estrangeiros

  • Foto do escritor: Inês Delgado
    Inês Delgado
  • 7 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura

Nanaia Mahuta (Fotografia: RNZ / Dom Thomas)

A Primeira Ministra da Nova Zelândia nomeou, na passada segunda-feira (2 de novembro), a primeira mulher indígena Ministra dos Negócios Estrangeiros. Nanaia Mahuta espera que, um dia, o facto de pessoas da comunidade maori estarem no Governo neozelandês não tenha de ser notícia.


A diversidade do Governo da Nova Zelândia é obra da Primeira Ministra Jacinda Ardern. Na passada segunda feira nomeou Nanaia Mahuta, de 50 anos, para o cargo de Ministra dos Negócios Estrangeiros.


Este acontecimento não teria sido notícia em todo mundo se Nanaia não fosse a primeira mulher maori a ocupar este cargo no país. Esta nomeação procede a vitória esmagadora da Primeira Ministra nas Eleições Legislativas, com o melhor resultado, em 50 anos, dos Trabalhistas.


Ardern aproveitou a grande vitória para formar um Governo cada vez mais diversificado e livre de tabus. O painel Executivo conta com três ministros homossexuais, sendo um deles o primeiro-ministro-adjunto Grant Robertson, Nanaia Mahuta e outras minorias, transformando o Governo da Nova Zelândia num dos mais progressistas e heterogéneos do mundo.


Mahuta, é o grande destaque no meio de tantas outras nomeações de cargos políticos por ser uma mulher indígena. Sucede Winston Peters, que também é maori, e sente-se “privilegiada” pela nomeação.


A tatuagem no queixo tem sido um aspeto bastante comentado, um símbolo típico das mulheres maori – moko kaue - geralmente tatuado em mulheres mais velhas, como um símbolo de autoridade e poder na comunidade.


A nova Ministra dos Negócios Estrangeiros espera que, um dia, não seja tão noticioso o facto de fazer parte da comunidade maori e estar no Governo. Mas acima de tudo, espera que a Nova Zelândia continue a ser um país progressista, e que as mulheres tenham acesso a qualquer tipo de profissão e cargo profissional de poder.


A nomeação de Mahuta é apenas um dos símbolos de um Governo condizente com a mudança que Jacinda Ardern quis trazer. Ardern foi eleita Primeira-Ministra em 2017, aos 37 anos - a mulher mais jovem a chegar à chefia de um governo.


Quando anunciou a nova composição do Executivo, Jacinda Ardern afirmou: “Este é um Governo baseado no mérito, mas também é incrivelmente diversificado e estou orgulhosa disso”.


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