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Lewis Hamilton imortaliza o seu nome no regresso da Fórmula 1 a Portugal

  • Foto do escritor: Fábio Lopes
    Fábio Lopes
  • 26 de out. de 2020
  • 4 min de leitura

Atualizado: 28 de out. de 2020


Fotografia: SIC Notícias

O Campeão em título venceu o Grande Prémio de Portugal (Portimão) e tornou-se no piloto mais consagrado da história da Fórmula 1 com 92 triunfos, destronando o alemão Michael Schumacher.


O piloto britânico da Mercedes-AMG Petronas, que partiu da 'pole position', a sua 97.ª 'pole' da carreira, liderou durante quase toda a corrida e mostrou, juntamente com Valtteri Bottas, seu companheiro de equipa, toda a superioridade dos monolugares da Mercedes, face à concorrência. Max Verstappen, da Red Bull Racing, fechou o pódio na terceira posição e Sergio Perez, da Racing Point, foi votado o piloto do dia.


Com estes resultados, o piloto britânico prossegue a sua caminhada triunfal rumo ao sétimo título do mundo, tendo alargando a liderança do campeonato. Soma agora 256 pontos, mais 77 do que Valtteri Bottas, quando faltam somente 5 corridas para o final da temporada do Campeonato do Mundo de Formula 1 (San Marino, Turquia, Bahrein com jornada dupla e Abu Dhabi).


17º edição do GP sediada em Portugal


Em ano especial para a Fórmula 1 (F1), que celebra o seu 70.º aniversário, Portugal acolheu com pompa e circunstância a 12ª prova do Campeonato do Mundo, a 17ª organizada em terras lusas. A espera durou 24 anos mas, finalmente, o tão aguardado regresso concretizou-se, com o GP de Portugal a chamar a Portimão milhares de amantes do automobilismo. O asfalto do Autódromo Internacional do Algarve (AIA) foi o palco de toda a ação, concedendo assim a oportunidade a Portugal de figurar, uma vez mais, no mapa de uma das competições mais lendárias do desporto mundial.


Desde 1996 que a F1 não trazia às pistas portuguesas os seus astros, deixando uma saudade imensa nas curvas e contracurvas do Autódromo do Estoril, que acolheu e organizou, durante 12 temporadas, corridas repletas de espetacularidade e fervor. Contudo, o sonho de voltar a ter um Grande Prémio de Portugal não se desvaneceu e ganhou forma em 2020, beneficiando da revolução na época provocada pela pandemia de covid-19.


Ainda assim, apesar de todas as restrições e receios, o Grande Prémio de Portugal não desiludiu e a emotividade inundou as bancadas do AIA, que contaram com a presença de cerca de 27.500 espectadores ( que por vezes demonstraram algum facilitismo no momento de fazer cumprir as normas de segurança). Uma decisão surpreendente e que gerou alguma controvérsia, atendendo ao aumento significativo de casos que se têm verificado, e tendo em conta que este foi o primeiro evento desportivo de alto nível a ter público envolvido em Portugal, num momento preocupante da pandemia e em detrimento de outros eventos desportivos.



Público numa das bancadas do AIA | Fotografia: Lusa

A preponderância económica para a região


Apelidado de “maior evento nacional desde o Euro 2004” por Paulo Pinheiro, administrador do autódromo do Algarve, é inegável o impacto financeiro do evento na região. Especialmente num ano em que a pandemia afetou de uma forma muito negativa o turismo, a principal atividade económica do Algarve, é evidente que Portimão recebeu o Grande Prémio de braços abertos. Os lucros gerados não só a nível de bilheteira, com a aterragem da Fórmula 1 em Portugal, – na ordem dos 25 a 30 milhões de euros - mas também as taxas de ocupação de 90% dos estabelecimentos hoteleiros algarvios aumentaram o otimismo dos empresários, que afirmam tratar-se de uma autêntica lufada de ar fresco, em termos económicos, de forma a minimizar os impactos da covid-19.


Portugal, terra santa para os predestinados


Porém, mais do que um evento que gera milhões, a F1 é uma autêntica religião para muitos, que a seguem de forma devota e apaixonada. Portugal tem o seu nome escrito nas páginas douradas da modalidade de automobilismo mais famosa do mundo e tem sido um destino especial para muitos pilotos. No dia em que Lewis Hamilton foi coroado como o mais vitorioso na história da Fórmula 1, fazemos uma viagem no tempo e recordamos algumas conquistas memoráveis em terras lusitanas.


1985 – O início da Lenda de Senna


Quis o destino que a história de um dos pilotos mais lendários da Fórmula 1 guardasse um lugar especial para o Autódromo do Estoril. A 21 de Abril de 1985, Ayrton Senna, ao volante de um Lotus-Renault, venceu o primeiro Grande Prémio da sua carreira, mostrando todo o potencial que lhe era esperado. Este foi o ponto de partida para o início da lenda de Senna que viria a apaixonar todo o universo automobilístico. Como se costuma dizer, o resto é História.



1988 – Prost à conquista de Portugal


O GP Portugal de 1988 viu Alain Prost afirmar-se como o piloto que mais vezes venceu a prova portuguesa. Depois de vitórias em 1984 e 1987, o francês da McLaren acabou por somar a sua terceira vitória no GP Portugal, um recorde que permanece até ao dia de hoje, igualado anos mais tarde por Mansell.

Consumada a 17ª edição do Grande Prémio de Portugal podemos afirmar que foi escrito mais um capítulo ímpar do automobilismo, em território nacional. Todos os que marcaram presença nas bancadas do Autódromo Internacional do Algarve saíram de coração cheio e com água na boca, desejosos de voltar a ter a grande competição de regresso a Portugal. Resta-nos esperar que o rugir dos motores, o ranger dos pneus na estrada e o hastear das bandeiras nos venham visitar já em 2021.


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