Vítor Oliveira, a subida menos desejada
- Fábio Lopes
- 18 de jan. de 2021
- 3 min de leitura

O legado inolvidável de Vítor Oliveira marcará, para sempre, o paradigma do futebol português. Com um memorável trajeto, como técnico, de mais de 3 décadas, conquistou o epíteto de “Rei das Subidas”. Despediu-se aos 67 anos, vítima de um ataque cardíaco.
O futebol português acordou em choque, na manhã do dia 28 de novembro de 2020, com a fatídica notícia da morte de Vítor Oliveira. O experiente treinador de 67 anos sentiu-se mal durante uma caminhada em Angeiras, no concelho de Matosinhos. O técnico, que esta época cumpria um ano sabático, depois de ter orientado o Gil Vicente na época transata, no regresso à I Liga, foi ainda assistido no local e levado para o hospital Pedro Hispano, porém, acabou por não resistir a um ataque cardíaco.
Um estratega como poucos
Durante o seu percurso, Vítor Oliveira orientou 18 clubes durante mais de três décadas, 10
dos quais na I Liga. Contudo, quase nunca prosseguiu os projetos de subida consumados, à exceção de Paços de Ferreira (1991/92), Belenenses (1999/2000) e Portimonense (2017/18).
A sua gloriosa imagem de "rei das subidas de divisão" começou a ganhar forma no Paços de Ferreira, na temporada 1990/91. Seguiram-se mais três nos anos 90, todas de forma consecutiva: Académica (1996/97), União de Leiria (1997/98) e Belenenses (1998/99). Na viragem do século, comandou as tropas do Leixões (2006/07), rumo ao escalão principal, antes de mais cinco promoções seguidas - Arouca (2012/13), Moreirense (2013/14), União da Madeira (2014/15), Desportivo de Chaves (2015/16) e Portimonense (2016/17).
Uma demonstração categórica de qualidade e competência de um Homem que respirava Futebol. Dono de um discurso fácil e frontal, disputou mais de 1.000 jogos no futebol português, cultivando um enorme respeito de jogadores, treinadores, dirigentes e adeptos.
O seu legado é absolutamente indelével e tem, garantidamente, o seu nome imortalizado na história da modalidade. Multiplicam-se as reações à morte de Vítor Oliveira, vindas de todo o mundo do futebol. Desde clubes a dirigentes, ninguém ficou indiferente à despedida de um nome eterno e inconfundível do desporto em Portugal.
"Um dos filhos da terra"
A presidente da Câmara de Matosinhos, Luísa Salgueiro, lembrou o treinador como "um dos filhos da terra", que lhe atribuiu a medalha de valor desportivo da cidade.
Manuel Cajuda perdeu "um irmão". É desta forma que o treinador português recorda Vítor Oliveira.
"Vítor Oliveira tinha um coração de ouro que hoje o atraiçoou".
Logo após ser conhecida a morte de Vítor Oliveira, várias foram as personalidades e clubes do desporto rei que reagiram ao desaparecimento antigo jogador e ex-treinador de futebol, provocando um autêntico terramoto no futebol nacional.
A homenagem do Canal 11, onde Vítor Oliveira era agora comentador:
O técnico português, José Couceiro, foi outra das personalidades que deixou a sua homenagem ao treinador Vítor Oliveira.
O Leixões, clube que tanto dizia a Vítor Oliveira, decretou o luto pela partida do técnico e até colocou o símbolo a negro nas redes sociais.
O atual treinador do Paços de Ferreira, Pepa, publicou na sua conta de Facebook uma mensagem curta mas emocionada.
Também o presidente da Liga, Pedro Proença, reagiu à morte de Vítor Oliveira através de uma publicação na rede social Facebook.
O Paços de Ferreira, outro clube marcante na carreira de Vítor Oliveira também se manifestou sobre a partida do antigo treinador.
Numa última homenagem, o Canal 11 repartilhou uma conversa de Vítor Oliveira com Toni e António Carraça, como homenagem.
A morte do técnico leixonense acontece na mesma semana em que o futebol português viu partir José Bastos, antigo guarda-redes do Benfica, e Reinaldo Teles, histórico dirigente do FC Porto, além da comoção mundial provocada pela morte do ex-futebolista argentino Diego Armando Maradona.
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